George Washington Carver

George Washington Carver

sábado, 27 de novembro de 2010

Brasil 1958 - Garrincha no psicotécnico

O psicólogo João Carvalhaes fora contratado justamente para transformar o nostálgico, emotivo e temperamental jogador brasileiro num atleta psicologicamente preparado para suportar as pressões a que estava sujeito numa Copa do Mundo. Desde o início, seus conhecimentos de psicologia entraram em conflito com as complicadas sutilezas do esporte. Não foi à toa que, após se submeter ao psicoteste, a portas fechadas com Carvalhaes, Nílton Santos chamou o psicólogo a um canto e fez um apelo em forma de advertência. "Olha, doutor, está aí fora um sujeito que talvez não seja capaz de acertar o mais fácil desses testes. É o Garrincha. Por favor, doutor, tenha paciência com ele. Mesmo que erre tudo, aprove-o. Aprove-o, doutor, pois nós vamos precisar muito dele nesta Copa", suplicou o quarto-zagueiro. Carvalhaes, felizmente, ouviu o apelo de Nílton Santos. Foi, talvez, sua maior contribuição à Seleção Brasileira.

Às 5 horas da tarde de 24 de maio de 1958, a Seleção Brasileira embarcou para a Europa. Os preparativos para a Copa do Mundo duraram pouco mais de um mês. Agora, antes da estréia na Suécia, haveria mais dois amistosos na Itália, o primeiro com a Fiorentina e o segundo contra a Internazionale de Milão. Mas os dois jogos - ambos vencidos pelo Brasil por 4 x 0 - não serviram para definir muita coisa. Pelo contrário, deixaram o gordo Feola ainda mais longe do time ideal.

Sem Garrincha e sem vários outros jogadores que tinham condições de sobra para serem os titulares, a Seleção Brasileira estreou na Copa do Mundo em 8 de junho, em Uddevalla, diante da Áustria. A estréia não apresentou maiores problemas para os brasileiros, cuja equipe, mesmo sem ser a ideal, estava muito acima da modesta e pouco imaginativa Seleção Austríaca. Resultado: 3 x 0, com dois gols de Mazola e um de Nílton Santos.

O segundo jogo contra a Inglaterra, em 11 de junho, em Gotemburgo, deixou ainda mais nítidas as deficiências da Seleção Brasileira. Foi um suadíssimo 0 x 0, os brasileiros jogando melhor, os ingleses resistindo bem na defesa e tentando os contragolpes. Foi este jogo - ou as deficiências nele ressaltadas - que levou Bellini, capitão do time, mais Nílton Santos e Didi a baterem um longo papo com Vicente Feola, nos jardins de Hindas, dois dias antes da partida em que brasileiros e soviéticos definiriam a sorte do seu grupo.

Didi, por exemplo, achava que o meio-campo precisava de um jogador menos clássico e mais vibrante que Dino Sani. Um jogador assim como Zito. Já Bellini lembrava o comportamento de Mazola durante o jogo com os ingleses: ao perder um gol feito, o atacante sofrera uma crise nervosa, em pleno campo, chorando, gritando, esperneando, pedindo que o levassem para longe dali. Bellini fora obrigado a dar-lhe uma bofetada, fazendo-o voltar a si. Bellini, Didi e Nílton Santos concordavam: já era tempo de dar uma chance a Pelé. O garoto tinha apenas 17 anos, é verdade. mas sangue novo também ajudava. Por último, o argumento do próprio Nílton Santos sobre Garrincha: - Joel é um bom jogador, aplicado, vivo, raçudo. Mas a gente precisa de um Garrincha para surpreender esses gringos. Sem Garrinha, acho muito difícil o nosso ataque furar certas defesas européias.

Feola ouviu, atento, as ponderações dos três - Bellini, Didi e Nílton Santos, jogadores pelos quais o treinador tinha grande respeito. Foi então que decidiu escalar Zito, Pelé e Garrincha naquele jogo com os soviéticos.



Minutos arrasadores

Em 15 de junho, o Estádio Nya Ullevi, em Gotemburgo, recebia mais de 50 mil pessoas, na maior assistência que seria registrada em todo o campeonato. E o Brasil, com o "irresponsável" Garrincha, o inexperiente Pelé e o desconhecido Zito, entrava em campo para uma grande vitória. Os dois primeiros minutos daquela partida constituem um dos mais belos momentos da história do futebol brasileiro. Os dribles seguidos de Garrincha sobre Kuznetsov, os marcadores que se multiplicavam à frente daquele fenômeno de pernas tortas, novos dribles de Garrincha, um chute de Garrincha na trave, o passe perfeito de Didi, o gol de Vavá - tudo em apenas 2 minutos. Naqueles dois minutos, o Brasil partira não apenas para uma vitória de 2 x 0 sobre os soviéticos mas para a própria conquista da taça de ouro.

A Seleção, quase por acaso, definira-se naquele jogo, passando às quartas-de-final como primeira colocada do Grupo 4, em que a União Soviética, apesar da derrota, classificou-se em segundo.

As quartas-de-final foram disputadas em 19 de junho, a Alemanha Ocidental derrotando a Iugoslávia, a França passando pela Irlanda do Norte e a Suécia brilhando diante da União Soviética. Ao Brasil coube enfrentar o País de Gales, cuja seleção, trancada durante os 90 minutos de jogo, parecia ter entrado em campo com a preocupação única de não ser goleada. Um gol de Pelé, já no segundo tempo, fez o Brasil respirar aliviado: 1 x 0, vitória dificílima em Gotemburgo.

Nação de admiradores

As semifinais, em 24 de junho, dariam à Suécia uma dupla alegria: seu triunfo sobre a Alemanha Ocidental e a vitória do Brasil frente à França. O futebol brasileiro ganhara ali uma nação de admiradores. Por isso, os suecos haviam torcido contra os franceses, goleados por 5 x 2 em mais uma exibição brasileira. Pelé - "um menino de 17 anos, ainda sem idade para assistir aos filmes de Brigitte Bardot" - fez três gols contra os franceses, Vavá um, Didi outro. O Brasil estava na final.

Choveu muito no dia da final e o campo ficou encharcado, como os suecos queriam. O Brasil teve de trocar a camisa amarela pela azul, também como os suecos queriam. E o primeiro gol, logo no início, foi feito pelo veterano Liedholm, ainda como os donos da casa desejavam. Além disso, o time de Feola tinha não o titular De Sordi, mas o reserva Djalma Santos para marcar Nacka Skoglund, a grande estrela do ataque sueco. Mas a Copa do Mundo de 1958 - desta feita para premiar o melhor - voltava a contrariar as previsões dos experts, numa final em que o Brasil goleou a Suécia por 5 x 2.

Com uma atuação perfeita - técnica, física e psicologicamente acima de tudo o que os profetas do futebol tinham antecipado -, os brasileiros tornaram-se campeões mundiais pela primeira vez. E não era para menos. A Copa do Mundo realmente estava em boas mãos.

Brasil 1958 : Gilmar, Castilho, De Sordi, Belini, Orlando, Zózimo, Nilton Santos, Djalma Santos, Zito Dino Sani, Moacir, Didi, Joel, Garrincha, Dida, Pelé, Mazola, Zagalo e Pepe.



Brasil 1962 - Seleção do Bi

A seleção brasileira tinha como base o mesmo time que havia conquistado o mundial na Suécia. Mauro, reserva de Belini em 1958, seria o titular e capitão do time. Zózimo, também reserva em 1958, ocuparia o lugar de Orlando, que havia se transferido para o Boca Juniors da Argentina. Embora a preparação física e técnica dos canarinhos iria seguir o mesmo plano de trabalho imposto em 1958 por Paulo Machado de Carvalho, Aimoré Moreira assumiria o lugar de Vicente Feola no comando tácnico. Também estaria no Chile uma personagem bastante conhecida ainda hoje pelo torcedor do Brasil: o massagista Mário Américo.

A fase preparatória que antecedeu a ida ao Chile teve seis jogos da Seleção Brasileira em gramados cariocas (Maracanã) e paulistas (Pacaembu), todos com vitória do escrete nacional: 6 x 0 e 4 x 0 contra o Paraguai, 2 x 1 e 1 x 0 contra Portugal, 3 x 1 e 3 x 1 contra o País de Gales. Embora o time estivesse praticamente definido, havia ainda certa incerteza entre Vavá e Coutinho como centro-avantes, Mauro e Belini na zaga, e Pepe e Zagalo na ponta esquerda. Finalmente, Aimoré Moreira decide por Vavá e Zagalo, além de substituir Belini por Mauro, o qual ainda ganhou o posto de capitão da equipe. Para outras posições, Gilmar era o dono absoluto do gol, Didi e Zito, embora ameaçados por Mengálvio e Zequinha, foram os titulares de Aimoré até o final da competição. Pelé e Garrincha eram os donos absolutos das suas posições, embora tivessem em Amarildo e Jair da Costa dois excelentes reservas.



Brasil 3 x Tchecoslováquia 1

Para muitos, este é considerado o jogo mais bonito de todo o campeonato, onde ambas as equipes exibiram alto padrão técnico e futebol veloz. Os tchecos iniciam dominando a partida e jogando melhor os primeiros quinze minutos, quando um chute forte e rasteiro vence o goleiro Gilmar e abre o placar em favor da Tchecoslováquia. O placar desfavorável motiva a reação brasileira e, passados 3 minutos do gol tcheco, Amarildo é lançado na esquerda, passa dois adversários e com muita classe e raça, chutando sem ángulo para empatar a partida. O primeiro tempo termina com o placar de 1 x 1, com Garrincha, que até então vinha sendo o melhor jogador da copa, apático devido, provavelmente, a uma forte gripe contraída antes da partida.

No segundo tempo, Amarildo, que se destacava na partida, esta mais genial. Aos quinze minutos, passa por um zagueiro adversário com um drible seco e centra na direção de Zito, que penetra na área tcheca e cabeceia para dentro do gol. O jogo então prossegue com Didi e Zito comandando as jogadas pela esquerda em busca de Amarildo, o qual, com Zagalo jogando recuado, tem bastante liberdade de movimentação tanto pela ponta como pelo meio. Aos trinta e dois minutos, Djalma Santos já na altura da intermediária tcheca, chuta uma bola para o alto em direção a àrea adversária. Vavá aproveita a rebatida do goleiro tcheco, o qual estava muito adiantado, e manda um balão para o fundo das redes. O Brasil sela definitivamente a vitória e a conquista do bicampeonato mundial de futebol, estabelecendo mais uma vez a hegemonia do futebol nacional.

Brasil 1962 : Djalma Santos. Zito. Gilmar. Zozimo. Nilton Santos e Mauro.
Garrincha. Didi. Vavá. Amaraildo e Zagalo.

Resgate histórico da atuação de João Carvalhaes como aplicador de testes na

1958: Depois das derrotas na copa de 1950 para o Uruguai e de 1954 para a Hungria, os jogadores brasileiros foram acusados de jogar sem fibra e de estarem despreparados psicologicamente (Assaf, 2001). Os que mais sofriam com isso eram os negros. Isso motivou a inclusão na comissão técnica de João Carvalhaes, para submeter os atletas a testes para medir “o nível cultural, índices de tensão, reflexos e coordenação motora e níveis de impulsividade e agressividade”. Isso, na época, era tratado como “psicologuês”. Os psicólogos ainda eram reduzidos a “médicos de loucos” (Castro, 1995).
Carvalhaes não era psicólogo, mas um sociólogo licenciado em Psicologia, funcionário da Companhia Municipal de Transportes Coletivos de São Paulo, que aplicava testes nos candidatos a motorista e cobrador de ônibus e bondes. Em 1954, ele havia aplicado testes nos jogadores do São Paulo Futebol Clube (onde permaneceria por 20 anos) e nos candidatos a árbitros e bandeirinhas da Federação Paulista. É considerado o primeiro psicólogo do esporte no Brasil (Rubio, 2002).


Estes testes foram aplicados no Rio de Janeiro e em São Paulo. Pelé obteve 68 pontos de um total de 123 possíveis. Apesar de sua grande habilidade motora, ele tinha uma letra “desenhada”. Carvalhaes, apesar de recomendado a não dar opiniões diretas, o classificou com as seguintes palavras: “Pelé é obviamente infantil. Falta-lhe o necessário espírito de luta. É jovem demais para sentir as agressões e reagir com a força adequada. Além disso, não tem o senso de responsabilidade necessário ao espírito de equipe. (...) Não acho aconselhável o seu aproveitamento.” (Castro, 1995). De fato, Pelé tinha 17
anos na época. Porém, é muito importante lembrar que o esporte de hoje está revelando seus atletas cada vez mais cedo, e o fato de pensarem de acordo com a pouca idade em nada interfere no desempenho esportivo.



Mas, o caso de maior repercussão ocorreu com Mané Garrincha. Já no preenchimento da ficha, ocupou o campo “profissão” com a palavra “atreta”. Garrincha foi mal em testes como completar figuras pela metade e fazer um desenho para posteriormente dizer ao psicólogo o que significava. Sua inteligência era abaixo da média, instrução primária e grau de agressividade zero (Garrincha, como jogador, além de ter algumas brigas em seu currículo, tinha a característica de driblar os adversários de maneira a provocá-los). Seu escore no teste foi de 38. Para Carvalhaes, ele não poderia nem dirigir um ônibus (Castro, 1995). Por isso queria impedir Garrincha de atuar na copa (Da Costa, 1999).


Na primeira partida, o Brasil contou com apenas um negro (Didi) entre os titulares, mas estes foram ganhando espaço e acabando com o mito de que seriam “vulneráveis” (Assaf, 2001). Garrincha foi o herói da vitória contra a temida U.R.S.S.. Carvalhaes chamou o time para uma seção de testes, pois queria certificar-se de que o grupo estaria em condições de continuar a campanha na copa do mundo. Gilmar, não conseguiu traçar duas linhas paralelas, o que significaria nervosismo. Didi desenhou uma casa e disse que seria o que ele compraria com o dinheiro da copa (o que denotaria um anti-patriotismo). Garrincha desenhou um círculo com uns traços, dizendo ser a cabeça de um outro jogador do Botafogo. Dos onze titulares, apenas Pelé e Milton Santos foram considerados aptos por Carvalhaes, que tinha confiança absoluta no rigor científico de seus testes. Quando o treinador Feola recebeu os resultados, teve o bom senso de ignorar as opiniões de Carvalhaes durante o resto da copa, na qual o Brasil conseguiu o seu primeiro campeonato (Castro, 1995).



Na copa de 1962 também foi contratado um psicólogo, Athayde Ribeiro da Silva, mas não aplicou testes e não viajou com a seleção (Castro, 1995; Franco, 2000). Ele aceitou que a característica importante para se estar na seleção brasileira de futebol era saber jogar futebol (Assaf, 2001). Após estes incidentes envolvendo o professor Carvalhaes, a Psicologia do Esporte ficou completamente desacreditada no Brasil. Só começou a timidamente a recuperar o seu prestígio na década de 90 (Da Costa, 1999).



Hoje, notamos avanço do conceito de inteligência, classificando-se, pela teoria das inteligência múltiplas de Gardner (1994), Garrincha como um gênio, visto que tinha uma excessiva inteligência corporal, uma vez que, mesmo com suas pernas tortas, conseguia dar dribles desconcertantes que a história do futebol jamais encontrou iguais. Frente a esta situação, me pergunto o que estarão dizendo sobre o processo de avaliação psicológica daqui a cinco décadas. Será que, com o aumento do conhecimento sobre as técnicas utilizadas hoje e incrementação de outras novas, não estariam os psicólogos do futuro nos ridicularizando por utilizar técnicas simples para determinar se uma pessoa pode dirigir ou não um automóvel, por exemplo? Para determinar se uma pessoa pode ou não cursar Psicologia? Entrar em um
submarino? Ingressar em um emprego? Enfim, será que, mesmo com todo o rigor científico, os testes (analisados por psicólogos que possuem qualidades e defeitos que não são padronizados) são instrumentos nos quais podemos ter uma confiança total?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Atividade Fisica e Envelhecimento do Músculo ao Cerebro

Atividade Física e Envelhecimento: do Músculo ao Cérebro!
Na idade avançada a obesidade e a menor força muscular, termo conhecido como obesidade sarcopenica, está associada não unicamente a limitação funcional mas também ao aumento da mortalidade.
Dentre os vários mecanismos associados a perda da força muscular com o envelhecimento, mais recentemente tem sido destacado o papel das alterações da mitocôndria da fibra muscular neste processo. De acordo com a proposta de alguns autores, o desuso crônico leva a um aumento na suscetibilidade da mitocôndria à apoptose o que resultaria numa elevada taxa de atrofia muscular. Com este mecanismo é possivel sugerir que o exercício pode reduzir a morte celular mediada pela mitocôndria. O envelhecimento está associado com diminuição na capacidade oxidativa do músculo e a inatividade física contribui também para este efeito negativo. Há um efeito deletéreo importante na diminuição da síntese de proteínas mitocondriais, alteração da remoção de proteínas mitocondriais com dano oxidativo e redução da autofagia mitocondrial.
A atividade contrátil ou o exercício pode servir como uma intervenção terapêutica para combater o início dos eventos apoptóticos que acontecem durante a sarcopenia induzida pela idade, doenças musculares ou desuso crônico muscular. Efeitos mediados pelas adaptações acontecem dentro da mitocôndria levando a redução na liberação de proteínas pro-apoptóticas e atenuação na produção nas susbstâncias reativas ao oxigênio (ROS) dentro da mitocôndria. Também têm sido evidenciados efeitos benéficos da atividade física na função da mitocôndria medida pelo aumento de atividade das enzimas mitocondriais e da taxa de síntese de ATP.
Outro aspecto interessante em relação ao músculo durante o processo de envelhecimento é o relacionado a fadiga muscular. De acordo com as últimas evidências, a combinação de diminuição na taxa de descarga de unidades motoras, propriedades de contração muscular mais lentas e uma maior dependência do metabolismo oxidativo sugerem que o músculo idoso estaria mais adaptado a resistir a fadiga do que o músculo mais jovem.
Desde o início da década de 2000 pesquisadores vêm analisando a relação entre exercício e a função cognitiva em modelos animais e em humanos, destacando que o exercicio pode elevar o BDNF (brain-derived neurothropic factor) e outros fatores de crescimento, estimular a neurogênese, mobilizar a expressão de genes que beneficiam o processo de plasticidade cerebral, aumentar a resistência do cérebro ao dano, melhorar a aprendizagem e o desempenho mental. Alguns estudos experimentais demostraram o efeito do exercício na regeneração axonal de neurônios e na indução de neurogênese.
O efeito de treinamento de força muscular na cognição de idosos também tem sido analisado por alguns autores. Os achados destacam a relação entre a perda de força muscular e o risco de demência, mas por outro lado o impacto positivo do aumento de força muscular na memória e nas funções cognitivas (memória de curto e longo prazo, inteligência, concentração, atenção). Alguns autores analisaram o efeito do exercício nos níveis de BDNF, encontrando aumento nos níveis com o exercício agudo, mas sem efeito algum com o treinamento de resistência. Outros destacam o efeito benéfico de um programa de atividade física na capacidade funcional de indivíduos com Doença de Alzheimer.
Os efeitos agudos do exercício nos aspectos cognitivos também têm sido analisados mostrando que o processo cognitivo é afetado de forma diferente pelo exercício agudo. O tempo de reação e os ajustes do controle cognitivo mostraram ser mais rapidos quando a tarefa cognitiva foi realizada simultaneamente com o exercício. Da mesma forma, o exercício parece ter um efeito benéfico nas funções executivas de idosos com diagnóstico de doença de Parkinson.
De acordo com as revisões sobre os efeitos do exercício aeróbico e de resistência na cognição de idosos adultos, vários mecanismos estão envolvidos na melhora dos aspectos cognitivos e da saude mental do individuo. Para alguns autores a neurogênese do hipocampo é mais um evento qualitativo do que quantitativo e é um claro exemplo da plasticidade celular. A atividade física, especialmente a realizada em longos periodos de tempo, pode indicar para o cerebro um aumento na chance de experiências ricas em complexidade, que provavelmente beneficiem mais novos neurônios. Desta forma os autores consideram que a atividade física não é isoladamente benéfica para o cérebro, mas sim no contexto dos desafíos cognitivos que a mesma impõe.
Assim de qualquer forma sendo pelo músculo ou pelo cérebro os estudos continuam indicando que vale a pena o investimento em atividade física (sejá aeróbica ou de exercícios de resistencia) para a saude muscular e em especial cerebral e cognitiva!

domingo, 21 de novembro de 2010

Nutrição
Nesta seção, veremos como os alimentos que comemos impacta treinamento e competições bem-sucedidas. Basicamente, nutrição significa toda a comida e bebida que consumimos. Alimentos são o combustível de nosso corpo, que nos dá força e energia. Sem eles, o desempenho atlético decai.

Hidratação – mantendo a água no corpo
Durante os exercícios, o corpo perde água principalmente através do suor, mesmo dentro da água. O corpo tem diversos mecanismos para se proteger dos efeitos negativos da desidratação, mas a sede não ocorre até o indivíduo já estar desidratado! Mesmo uma perda tão ínfima como 4% do peso corporal (2 kg em uma pessoa de 50kg) pode afetar seriamente a performance.

O objetivo é manter o atleta hidratado e não permitir que venha a ficar desidratado. O modo mais fácil é criar um simples e rotineiro sistema a ser seguido por todos os seus atletas:

Quando beber água Quanta água beber
À noite antes da prática ou competição Copo d´água (8 onças)
4 horas antes do evento Copo d´água (8 onças)
15 minutos antes do evento meio copo d’água (4 onças)
Durante o evento < 1 hora Um intervalo para água
Durante o evento < 1 hora meio copo a cada 20 minutos
Depois do evento Copo d’água a cada 3 horas até o dia seguinte



Atletas não devem ser instruídos a beber “quanta água quiserem” Diversos problemas médicos podem decorrer de excesso de água. Se você está praticando em ambientes quentes, pode precisar aumentar a freqüência de ingestão de água.

O atleta pode se hidratar com diversos tipos de líquidos; porém, a melhor reposição na maioria dos eventos é água pura.
Água
Bebidas carbo-hidratadas (PowerAde, Gatorade)
Mistura de um terço de suco de frutas e dois terços de água é a melhor opção quando a atividade dura mais que uma hora

Calorias
A energia que o corpo obtém é medida em calorias. Alimentos diferentes oferecem diferentes quantidades de energia, e portanto quantidade variável de calorias. A quantidade de calorias que uma pessoa precisa depende de vários fatores. Nossa taxa de metabolismo é a velocidade em que convertemos alimentos em energia. Essa taxa pode ser rápida, lenta ou moderada, dependendo de cada atleta. Por exemplo, atletas mais jovens requerem em média 3.000 calorias por dia. Isso pode diminuir para atletas mais velhos que têm programas de treinamento e competição menos rigorosos. Todos esses fatores determinam a dieta de um atleta. Se calorias insuficientes não podem ser consumidas, a performance de um atleta será negativamente impactada.

Equilíbrio de energia
Equilíbrio de energia é importante para o treinamento e competição bem-sucedidos.

Equilíbrio de nutrientes
Os nutrientes têm papéis diferentes, embora trabalhem juntos ou precisem da presença de outros componentes para agir. O equilíbrio de nutrientes é como o equilíbrio de energia. Atletas devem consumir todos os nutrientes necessários para saúde e força durante treinamento e competições. Uma típica dieta de alta performance para um atleta fornecerá a maior parte da energia a partir de carboidratos, e baixo teor de gordura e proteína em quantidades praticamente iguais.



Tipos de nutrientes

Proteína — o principal nutriente para desenvolvimento corporal
Demanda contínua
Alta qualidade: ovos, leite, peixe, carne
Baixa qualidade: nozes, lentilhas, feijões
Proteína em excesso é convertida em fonte de energia ou em armazenamento de gordura

Carboidratos — nossa comida energética
A maior fonte de energia do corpo
É fácil e rapidamente processado no sistema digestivo
Fontes boas (complexos): arroz, milho, batatas, feijões, frutas
Fontes fracas: açúcar refinado, mel, refrigerantes, chocolate
Carboidratos complexos devem ser a parte principal da dieta

Gorduras — comida de energia lenta
Fonte concentrada de energia, o dobro dos carboidratos
É processada muito lentamente e utiliza mais oxigênio para gerar energia
É pouco necessária para uma boa saúde
Gorduras visíveis: manteiga, margarina, óleos vegetais e de peixe, gordura da carne
Gorduras invisíveis: leite, queijo, nozes, certos vegetais (gordura vegetal é mais benéfica para nós)

Vitaminas — mais facilmente consumidas em dietas bem balanceadas
Há necessidade de pequenas quantidades diariamente
Baixos níveis podem reduzir a performance
Mais concentrada em alimentos frescos e naturais
Solúvel na gordura: armazenada no corpo e pronta para o uso
Solúvel em água: não pode ser armazenada e deve ser ingerida diariamente
A vitamina C não pode ser usada sem ferro

Minerais — mais facilmente consumidos em dietas bem balanceadas
Há necessidade de pequenas quantidades diariamente
Essenciais: cálcio, sódio, potássio, ferro, iodo
O ferro é essencial para o transporte do oxigênio no corpo
O ferro não pode ser usado sem vitamina C
O iodo controla a taxa de liberação de energia
O cálcio ajuda os músculos a reagir normalmente e a se recuperar dos exercícios

Água — necessária para a sobrevivência do corpo
O desempenho é imediatamente impactada se a necessidade de água não é atendida, especialmente para atletas aquáticos
Quanto mais duro for o treinamento e os exercícios, mais água você precisará
Beba água freqüentemente e em pequenas quantidades antes, durante e depois da competição
Comida contém mais água do que pensamos



Fibras — importantes, porém freqüentemente ignoradas
Não são absorvidas pelo corpo
Ricos em fibras: vegetais naturais
Fibras boas: trigo, aveia, arroz integral
Pobres em fibras (alimentos processados): farinha, açúcar refinado, arroz branco, massas brancas
Sinta-se satisfeito sem engordar




Dieta balanceada
Uma dieta balanceada mantém o equilíbrio de energia e de nutrientes. Não precisa ser cara se você seguir algumas das idéias abaixo.


Guia para um dieta balanceada
Coma grandes quantidades de alimentos diferentes — vegetais, frutas, peixe, carbes, laticínios e grãos
Coma alimentos frescos no lugar de comidas preparadas, enlatadas ou congeladas
Coma uma alta taxa de alimentos ricos em carboidratos complexos
Prefira alimentos grelhados, assados ou no vapor. Evite cozidos ou fritos
Evite refeições gordurosas e doces e salgadinhos
Garanta a ingestão de fibras, comendo pães integrais, cereais e massas
Coma arroz integral invés de arroz branco
Tempere a comida com ervas e especiarias no lugar de sal
Beba pequenas quantidades de água e suco de frutas freqüentemente




As idéias de preparo físico / nutrição!
Faça seu teste de preparo físico e nutrição abaixo. Toda a família pode se beneficiar ao seguir estas dicas sobre o que comer e como fazer mais exercícios.

Dicas de exercício Dicas de alimentação
Seja ativo como uma família ou grupo de amigos. Faça uma caminhada ou jogue basquete — mas FAÇA algo! Tente consumir alimentos de grãos integrais como aveia, arroz integral e pão de trigo integral.
Acompanhe seu progresso no formulário de avaliação de habilidade no basquete deste livro — faça uma para cada pessoa da família! Tente comer vegetais verdes ou laranja, como espinafre, brócolis, cenouras e batatas doces.
Reserve um tempo diário para atividades físicas. Deve durar de 30 a 60 minutos por dia. Coma frutas nas refeições e nos lanches — elas podem ser frescas, congeladas, enlatadas ou secas — mas evite os sucos açucarados
Sua próxima festa pode ser uma festa de ESPORTES. Beba leite com pouca ou nenhuma gordura, várias vezes ao dia.
Monte uma sala de ginástica em casa, com latas de comida no lugar de pesos etc. Tente comer carnes, frango ou peixe com pouca gordura, consumindo-os com feijões ou ervilhas!
Caminhe enquanto fala ao telefone ou assiste TV. Óleos provenientes de alimentos são ótimos. Você pode obter óleo de peixe, nozes, além dos usuais de milho, canola e oliva.
Presenteie outras pessoas com itens que as incentivarão a ser mais ativas e a jogar — talvez elas o convidem para jogar também. Tente evitar açúcar quando puder — especialmente se estiver listado como o primeiro ingrediente na embalagem.


Nutrientes e refeições antes de competições
Os níveis de energia do corpo precisam ser altos antes do treinamento e da competição. A dieta de alto desempenho acima suprirá a demanda diária de energia. Atletas são indivíduos e precisam de alimentos diferentes. Seus corpos respondem de forma diferente a determinados alimentos. De forma geral, as dicas abaixo ajudarão seus atletas a consumir os nutrientes adequados antes de competir.
Faça uma pequena refeição, de fácil digestão, geralmente com menos de 500 calorias
Coma entre 2 e meia a 4 horas antes de competir
Limite proteínas e gorduras, pois elas são digeridas lentamente
Evite comidas que formam gases no sistema digestivo
Beba pequenas quantidades de água antes, durante e depois da competição

Nutrientes durante a competição
Além de hidratação, nutrientes não são necessários para eventos com duração inferior a uma hora.
Para eventos com mais de uma hora de atividade contínua, bebidas de carboidratos ou frutas suprirão a energia para um esforço continuado.
Durante torneios de mais de duas horas, deixe que seus atletas comam pequenos pedaços de banana, sanduíches de manteiga de amendoim e macarrão (carboidratos complexos) quando tiverem ao menos meia hora de intervalo antes do próximo jogo. Isso os ajudará a manter altos os níveis de energia. Não faça seus atletas jejuarem durante um evento de 6 a 8 horas.

Nutrientes pós-competição
Para recuperar as energias, alimentos com carboidratos (frutas, bebidas carboidratadas, barras de cereal) devem ser consumidas em pequenas quantidades imediatamente após o exercício.
Durante o resto do dia, as refeições devem conter 65% de carboidratos complexos para reposição de energia.

Analise sua dieta
As perguntas a seguir o ajudarão a analisar a dieta de seus atletas (e a sua). Marque a coluna com a resposta mais adequada.

Emotologia

Bom dia! 21 de Novembro de 2010.



Artigos


Emotologia nos esportes - para deixar de morrer na praia

Prof. Luiz Machado - 17/09/2008






A maior prova de que o ser humano possui potencialidades normalmente não usadas é o fato de estar sempre batendo recordes e superando seus próprios feitos e feitos de outros. E o que conduz à superação é a mobilização dessas potencialidades; por isso, anda bem o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, quando diz que usará preparadores para mobilizar potencialidades (reservas cerebrais) com vistas a Londres – 2012. Realmente, em primeira análise, é o cérebro que ganha o ouro.

Os brasileiros, os atletas e o povo já estão cansados da “morte na praia”. Uma das razões dessa ocorrência é o mau emprego de uma estratégia de campeão. A palavra “estratégia” foi trazida da arte da guerra ­– que é a arte de obter resultados – para o campo da administração, e daí também para os desportos. Quando se fala em estratégia, temos que acompanhá-la de objetivo. Uma das características da estratégia é ser de longo prazo; por isso, a preparação para 2012 tem que começar agora mesmo e o objetivo: “medalhas de ouro” deve ser o farol a iluminar todas as ações que serão empreendidas para transformar o objetivo em resultado.

Estabelecer os objetivos corretos, criar e desenvolver a atividade mental adequada à consecução desses objetivos, criar o sistema nos resultados é a essência da estratégia de campeão, pois crença é poder.

Na maior competição esportiva dos povos o que conta é medalha de ouro.
A Emotologia é um conjunto de conhecimentos sistematizados para mobilizar reservas humanas normalmente não usadas. A base da Emotologia é a emotização, uma alteração bioquímica no cérebro, por meio de procedimentos, atividades e exercícios, conjunto este que se revela mais forte que a motivação é a força de vontade.

Freqüentemente, as pessoas não pensam que coisas intangíveis como a emotização façam parte da bioquímica do cérebro. A emotização também é mais forte que determinação, conhecimento e disciplina, pois atua no sistema de autopreservação e preservação da espécie (a integração do sistema nervoso central com o sistema endócrino) e somente as informações que penetram nessa integração são capazes de mudar comportamento. Eis aí a razão que explica por que certas terapias e certos treinamentos falham quando não penetram naquele sistema.

Vamos torcer para 2012, mas antes esperemos que os atletas sejam corretamente treinados, como deseja o presidente do COB.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O Juiz!

Quem é o Juiz?
Quem é o Juiz?
O Juiz é Deus.
E por que ele é Deus?
Porque é ele quem decide quem ganha ou quem perde e não o adversário!
E quem é o adversário?
Ele não existe!
E por que ele não existe?
Porque ele é apenas uma voz que discorda da verdade que eu penso!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Deus seja Louvado!

Louvado Seja Deus
O velho André era um escravo resignado e sofredor.
Certo dia, ele soube que Jesus nos ensinara a santificar o nome de Deus e prometeu a si mesmo jamais praticar o mal.

Se o feitor da fazenda o perseguia, André perdoava e dizia de todo o coração: - Louvado seja Deus.

Se algum companheiro tentava-o a fugir das obrigações de cada dia, considerando as injustiças que os cercavam, ele dizia contar com a Bondade Divina, indicava o céu e repetia: - Louvado seja Deus.

Quando veio a libertação dos cativos, o dono da fazenda chamou-o e disse-lhe que a pobreza e a doença lhe batiam à porta e pediu-lhe que não o abandonasse. Todos os companheiros se ausentaram, embriagados de alegria, mas André teve compaixão do Senhor, agora humilhado, e permaneceu no serviço, imaginando que Deus estaria satisfeito com o seu procedimento.

O proprietário da terra, pouco a pouco, perdeu o que possuía, arruinado pela enfermidade, mas o generoso servidor cuidou dele, até à morte, afirmando sempre: - Louvado seja Deus.

André estava cansado e envelhecido, quando o antigo patrão faleceu. Quis trabalhar, mas o corpo encarquilhado curvava-se para o chão, com muitas dores.

Esmolou, então, com humildade e paciência e, de cada vez que recebia algum pão para saciar a fome ou algum trapo para cobrir o corpo, exclamava alegremente: - Louvado seja Deus.

Certa noite, muito sozinho, com sede e febre, notou que alguém penetrava em sua choça de palha. Quem seria?

Em poucos instantes, um anjo erguia-se à frente dele.

Acanhado e aflito, quis falar alguma coisa, mas não pôde. O anjo, porém, sorrindo, abraçou-o e exclamou:

André, o nome de Nosso Pai Celestial foi exaltado por seu coração e vim buscar você para que a sua voz possa louvá-lo agora no céu.

No dia seguinte, o corpo do velho escravo apareceu morto na choupana, mas, sobre o teto rústico as aves pousavam, cantando, e muita gente afirmou que os passarinhos pareciam repetir: - Louvado seja Deus!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Garrincha, maior jogador de futebol do planeta.

Manuel Francisco dos Santos, ou Mané Garrincha ou, simplesmente, Garrincha, como ficou mais conhecido, (Magé, 28 de Outubro de 1933 - Rio de Janeiro, 20 de Janeiro de 1983) foi uma das maiores estrelas do futebol mundial, que se notabilizou por seus dribles desconcertantes, apesar, ou exatamente, pelo fato de ter suas pernas tortas.


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"Campeonatozinho mixuruco, nem tem segundo turno!"
- Durante a comemoração da conquista da Copa do Mundo em 58.
"Você viu, Didi, o São Cristóvão está de uniforme novo!"
- Em 1962, no Chile, reparando no uniforme dos ingleses.
"Você já combinou isso com o adversário?"
- Ironizando o técnico da seleção em uma ocasião em que apresentava uma jogada complexa para Garrincha executar.
"Mas por que todo mundo está chorando? Não ganhamos o jogo?"
- Após a vitória de 5 x 2 na final da Copa de 1958 na Suécia
- Fonte: Revista Placar 1072, de junho de 1992
"A bola veio para a esquerda e eu não chuto bem de esquerda, mas não dava pra trocar de pé. Então chutei de esquerda fazendo de conta que era de direita".
- Sobre o gol que fez contra o Chile, na Copa de 1962.
- Frase dita em entrevista anos depois, citada na revista Placar 1072, de junho de 1992.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cultural

"NO UNIVERSO DA CULTURA, O CENTRO ESTA EM TODA PARTE"
Miguel Reale

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Quem é o Juiz?

Quem é o Juiz?
O Juiz é Deus.
E por que ele é Deus?
Porque é ele quem decide quem ganha ou quem perde e não o adversário!
E quem é o adversário?
Ele não existe!
E por que ele não existe?
Porque ele é apenas uma voz que discorda da verdade que eu penso!

Voleibol Master

O Clube Municipal esta formando uma Nova equipe esportiva.
Volleibol Master Feminino.
Nos aguardem, estamos treinando!
Deus nos Abençoe!

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