George Washington Carver

George Washington Carver

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Do mundo virtual ao espiritual


Frei Betto

Ao viajar pelo Oriente, mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China.

Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam.

Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente.

Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?'

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.
Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias!

Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito.

Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!'

Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizinho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...

A palavra hoje é 'entretenimento'; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.

Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donalds...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: "Estou apenas fazendo UM passeio socrático". Diante de seus olhares espantados, explico: "Sócrates", filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:


"Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz...!"

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O BLOG

O Blog
O Poder Oculto do Esporte foi criado com o desejo de auxiliar aos futuros interessados em pesquisar algo na área esportiva, com um enfoque para as neurociências e espiritualidade. Divulgando alguns artigos publicados. Assim O Blog- O Poder oculto do esporte, apresenta alguns artigos, filmes, livros na área esportiva dando um enfoque espiritual ao desenvolvimento das potencialidades humanas. Sobre alguns filmes de esportes em geral, à aqueles que desejam somente ver a prática esportiva .

1- “Um homem só tem o direito de olhar outro de cima para baixo, quando está o ajudando a se levantar” (Gabriel Garcia Marques )
2- [...] “ Alice encontrou o gato Cheslire ... Alice disse : - Por favor poderia me dizer o caminho tomar para sair daqui ?
O gato : Depende muito para onde você quer ir .
Alice : Não importa muito para onde ...
O gato : Então não importa muito o caminho .
Alice: Desde de que eu chegue em algum lugar.
O gato:-Mas com toda certeza você chega, se caminhar bastante...
( Lewis Carrol)

3- “Manter o foco na bola” ( mantenha o foco)
“Procure fixar metas a curto e em longo prazo.”
“Se você sabe aonde quer chegar, mantenha o foco na direção“
( Michael Jordan)

Para Jordan o atleta deve adquirir o hábito do treinamento mental, concentre-se e veja cada passo a ser dado:
- Faça o melhor que você pode...
- Pense sempre positivo a respeito daquilo que deseja, não pode haver dúvida, porque entre a razão e a emoção, a segunda sempre vence – a imagem do resultado deve ser sempre positiva.
- Seja audacioso – jogue o jogo, desafie sempre o adversário à um bom jogo, confie no seu jogo.
- Deixa o medo para aqueles que não confiam no ser supremo. O medo vem da falta de foco e concentração.
- Procure relaxar antes do jogo, terias maior controle sobre suas ações, não permita que seu cérebro corra na mesma velocidade do coração.
- Treine como se fosse um jogo – só assim poderia saber que você é capaz de jogar outra partida no mesmo dia. Não é de bom alvitre ficar dando desculpas para as “derrotas“ pode ter errado no arremesso, etc...
- Pratique os fundamentos do seu esporte, adquira técnica e aplique-a de acordo com a sua habilidade.
- No momento em que você se afasta dos fundamentos ou da preparação mental, pode colocar tudo a perder.
- É preciso monitorar constantemente a execução dos fundamentos porque a única coisa que pode variar é a atenção que você dedica a eles – os fundamentos nunca vão mudar...
(Michael Jordan)

Seguidores