George Washington Carver

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Curiosidades sobre o Xadrez

Os romanos antigos conheciam o xadrez? No filme Ben-Hur, estrelado por Charlton Heston, aparece rapidamente um tabuleiro de xadrez ricamente marchetado. Os romanos, provavelmente, conheceram o xadrez através dos gregos; preferiam, porém, o jogo de dados.

A época áurea do xadrez - Ocorreu durante certo período da idade média quando eram permitidas visitas de cavalheiros aos quartos das damas, desde que fossem para jogar xadrez. O elevado número de nascimentos oriundos deste costume, contudo, chamou a atenção da igreja, que conseguiu a proibição de tal prática.

Índios enxadristas –Edward Lasker escreve: “O escritor portugûes do século XVIII, De Barros registra o seguinte fato: Diego López, comandante da primeira expedição portuguesa, ao chegar diante de Málaca em 1509, estava jogando xadrez com um dos seus homens, quando um índio da tribo dos Bataks subiu a bordo. Este reconheceu imediatamente o jogo e discutiu com López a forma das peças de xadrez usadas na sua tribo”!“ Idêntica constatação foi feita por um curador da Universidade de São Petersburgo, que foi ao norte da Sibéria, em 1895, realizar estudos etnológicos e verificou que todas as tribos - Samoyedes, Tungusianas, Yakuts - tinham entusiásticos jogadores de xadrez. Escreveu ele: "uma partida dura horas e muitas vezes não termina senão no dia seguinte. A excitação, não raro, leva os jogadores a aumentarem as suas apostas ao ponto de a derrota no jogo envolver a ruína absoluta do vencido. Para começar, apostam-se as renas; depois os cães; depois as roupas; em seguida, todos os bens de um homem; e no final, até mesmo as mulheres são apostadas…"

A proibição do xadrez pelo aiatolá Khomeini - "O jogo de xadrez é contrário à lei islâmica, declarou o imã Khomeini ao governador da província de Teerã, a 18 de dezembro de 1979. Por que? Porque "o xadrez torna o homem mau", "destrói o pensamento" e, "quando se joga muito, provoca desequilíbrio mental". Além disso, "o xadrez estimula o ódio e a agressividade ao adversário". "Quem insistir em jogar xadrez, deve ter os pulsos cortados"!

O campeão de maior cultura - Emanuel Lasker, campeão mundial durante 27 anos, doutor em Filosofia, Matemática e Física. Ele argumentou que a teoria de seu amigo Einstein, não seria provada enquanto continuasse impossível demonstrar que a velocidade da luz no vácuo é infinita(ele estava errado). Einstein escreveu um prefácio de um livro seu. Lasker escreveu peças de teatro, projetou reformas sociais em The community of future e, durante a primeira guerra mundial, inventou um tanque. Fez parte da equipe olímpica alemã de bridge. Ele foi forçado a adotar o xadrez como meio de vida depois que constatou que as cátedras das universidades alemãs lhe eram vedadas pelo fato de ser judeu.

A proibição do xadrez pela Igreja Católica - Através de uma carta escrita em 1061 por Petrus Damiani, cardeal-bispo de Óstia, ao papa eleito Alexandre II, ficamos sabendo que "a loucura do xadrez" era considerada como uma das "vergonhosas frivolidades" proibidas pelo clero.

Yoga. Aaron Nimzowitsch descobriu que a prática de Yoga, a milenar prática física e mental indiana, poderia melhorar seu desempenho nos torneios de xadrez. Experimentava os movimentos do yoga nos próprios torneios. Enquanto o adversário meditava em busca do lance, Nimzowitsch ia para o chão e colocava-se de cabeça para baixo. Acreditava que desta maneira o sangue desceria para o cérebro e ajudaria a pensar melhor. Algumas vezes esse troço funcionou muito bem. Mas desconfio que se você não for Nimzowitsch, não fluirá tanto sangue assim para sua cabeça.

Endereço do hotel. Emanuel Lasker era um tanto distraído. Certa vez, hospedou-se num hotel e foi ao clube da cidade. Depois da simultânea e do jantar, oferecem carona de volta para hotel. Neste momento, Lasker percebeu que não sabia nem o nome nem o endereço do hotel onde havia deixado suas bagagens. Tiveram que percorrer a cidade inteira até encontrar o lugar correto.

Futebol. Quem joga xadrez é capaz de jogar futebol? O clichê é o jogador frágil, distraído e que derruba os objetos em seu redor. Mas as coisas não são bem assim. O esporte de Ljubojevic era o futebol e foi por causa de uma longa contusão que ele aprendeu a jogar xadrez, com já tinha 16 anos de idade (mais tarde, seria um dos dez melhores do mundo). O GM Peter Leko foi titular de um time juvenil húngaro. O melhor de todos, porém, foi o GM norueguês Agdestein. Forte jogador de xadrez, também foi titular da seleção norueguesa de futebol, autor de um gols importantes. Por exemplo, na vitória contra a Itália na Copa da Europa. Se o nosso leitor jamais fez gol contra a seleção da Itália, talvez possa um dia ostentar o título de Grande Mestre Internacional...

Moscou 1959. O torneio internacional em memória de Alekhine em 1959 teve um trio de vencedores: V. Smyslov, D. Bronstein e B. Spassky. Superam vários GMs, entre eles Vasiukov, Portisch, Larssen, Filip e F. Olafsson. Smyslov e Bronstein terminaram invictos. Spassky sofreu uma única derrota, para Smyslov, que venceu o torneio pelo critério SB. Smyslov tinha sido campeão mundial, Spassky conquistaria o título dez anos depois. Bronstein havia empatado o match de 24 partidas pelo título mundial, contra Botvínnik em 1950. Três gigantes da história do xadrez, todos os três ainda vivos (novembro de 2001).

Camisa velha. Contam alguns observadores mais atentos (e nós estivemos lá) que durante o interzonal do Rio de Janeiro em 1979, o soviético Tigran Petrosian jogou todas as rodadas exatamente com a mesma camisa. Superstição, falta de cuidado ou confiança na qualidade da lavanderia do Copacabana Palace? Sua esposa, Rona, era conhecida pelo cuidado com que protegia o marido. Bem, talvez Petrosian tivesse vários exemplares do mesmo modelo de camisa. Se a roupa ajudou eu não sei, mas o fato é que no final do interzonal, Petrosian estava entre os três classificados para o torneio de candidatos.

Nomes italianos. Nos séculos XVI e XVII e Itália viveu um esplêndido período cultural. Nomes como os de Leonardo da Vinci, Galileu, Michelangelo, Maquiavel e Monteverdi são glórias italianas e da humanidade. Esse florescimento intelectual certamente explica a importância dos jogadores italianos de xadrez naquele período. Alguns dos mestres da época publicaram os primeiros tratados teóricos do xadrez, entre eles o famoso livro de Grecco. Ainda hoje, alguns termos do xadrez italianos são empregados por jogadores de todo o mundo e em todos os idiomas. Por exemplo, fianchetto (pequeno flanco), gambito (perninha), ataque Fegatello ("pequeno fígado", certamente o frágil ponto f7 das pretas), abertura Giuoco Piano ("jogo suave").

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